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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SINAIS DESPERDIÇADOS.

   Semáforo fechado. Sílvia retoca o batom.Calor infernal.
Afonso encosta ao lado, fumando.Trocam olhares.
Ele sorri e ela desdenha. Tem mais o que fazer.
   Sinal verde.Sílvia vai dar  aulas. Dureza  mulher
cinquentona manter-se no emprego.Sem marido então...
Afonso, sessentão, vai afogar-se num drink com um amigo:
Muito recente a separação, com três filhos.
   Os semáforos piscam só no amarelo,
depois da meia-noite. As ruas estão solitárias.
Também os corações de Sílvia e Afonso.

Um comentário:

  1. Gostei muito, muito mesmo, deste poema. Observação microscópica e profunda da natureza humana. Admiro tua nova produção.

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