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sexta-feira, 31 de maio de 2013

"IDENTIFIQUE-SE"

      Já viram, ou melhor, cheiraram, como os "puns" remetem-nos a identificar uma pessoa? Por exemplo, meus filhinhos, pequenas e lindas crianças, quando soltam um pum, sei qual deles foi. É como se cada pessoa tivesse um padrão de pum, como as digitais, a íris, a retina. É muito estranho falar de puns, mas se essa premissa for verdadeira, ou seja, se os odores dos puns forem determinados geneticamente, ninguém terá um pum igual ao do outro. E onde está a importância disso? Bem, poderíamos imaginar esses odores como uma forma barata e simples de identificação. Seria mais seguro para todos.Enquanto naquele filme do Tom Cruise ele pega o olho de outra pessoa no mercado negro, para mudar sua identidade, e assim não ser reconhecido pelos insetinhos- robôs, não correríamos qualquer risco de alguém fazer o mesmo, nos matando só para roubar nosso pum e assumir nossa identidade.
       A velhinha chegaria até a porta do banco e, ao invés de passar o cartão magnético para poder entrar, soltaria um pequeno pum próximo a uma máquina identificadora de puns. Claro que seria uma máquina com toda a sofisticação que a Ciência permite. Teria que estar bem próxima da bunda, para que ninguém precisasse erguê-la, sob risco de cair e fraturar uma costela ou uma perna(os banqueiros teriam que pagar fortunas de indenizações). Mas, os problemas não acabariam aí.Se duas pessoas quisessem entrar ao mesmo tempo no banco, haveria um constrangimento absurdo:
     -Minha senhora, eu cheguei antes, chega pra lá que eu peido primeiro.
     -Negativo, nós chegamos  juntas, que-ri-da.
     -Olha, se peidarmos ao mesmo tempo, ninguém entra, que a máquina não identifica, tá?
       Para não se ter esse tipo de problema, talvez se devesse aproveitar a tecnologia, já existente, da porta giratória, mas fechar cada parte por completo, como se fosse uma cabine telefônica, onde só a pessoa cheirasse o próprio pum. Outro entrave seria quando alguém estivesse com diarréia. Já pensaram a máquina acusando erro de identifição? "Prezado cliente, não foi possível identificar o seu flato, favor curar-se da diarréia e tentar mais tarde.Lembramos que o odor que fica armazenado em nosso banco de dados é para pessoas que não estejam tomando medicamentos, não tenham comido feijão,salame, nabo,rabanete, batata doce ou pizza de escarola".
        Aí a coisa complicaria, pois quem hoje em dia não toma remédios ou não come qualquer daqueles pratos? Uma forma interessante de identificação seria pelo som do pum: grave, agudo, estéreo, mas, talvez isso seja para o século XXII. Nossa, esse século lembra XIXI; E esta é uma outra idéia...
        Mas, gente, até lá, vamos continuar levando carteira de identidade,CPF e cartão magnético. Assim podemos, sem estresse, jantar no dia anterior sem medo, beber com os amigos, tomar nossos remedinhos e...até ter uma dorzinha de barriga de vez em quando.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

"Outra Face de Mim"

Minha cara
Se soubesses
Minha  outra cara
É mais triste
Que as caras que viste
Sem disfarces e vestes
Sem som e chiste.

Cara sem olhos e boca
Sem semblante
Machucada,desgraçada...
Dolorosa vida sem ti
E tu, minha cara,
Sem mim.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Crônica da Alma

A alma não está no coração, como os antigos pensavam. Esse órgão pulsa tão rápido, que não teria
tempo para abrigar algo eterno. Tampouco o nosso cérebro. Tão complexo e recluso, não poderia se abrir à simplicidade da alma. Então onde, onde estará a nossa alma?! Nas narinas! Não sei se porque Adão talvez fora insuflado pelas narinas, mas porque as narinas nos permitem o silencioso cheiro, o lento, lírico e inebriante cheiro. As bocas que se beijam aproximam as almas que são sorvidas reciprocamente. Cheiramos o amor, a fragrância, a chuva, a grama,... cheiramos a alma. Essa inteiração de corpos e sonhos permite-nos viver do ar que respiramos e do cheiro de toda a Natureza. E se toda a Natureza é passível de ter odores, ela e nossa alma são uma coisa só.  Hoje não vou mandar beijos. Vou mandar um cheiro para todos.  

sábado, 11 de maio de 2013

Luana Quevedo

Luana Quevedo

Lu ama o que vê do
mundo,
que veio de estrelas
longínquas
transgredindo fundo;
Luana que vê do
avesso o que é do avesso
e do céu o que é do céu,
sente-se menino travesso
reescrevendo o terço
e reinventando sonhos
de sinceridade pura...

Eloquente e afiada língua
Sorriso talhado de preciosa pedra...
Em olhares verdes se implode
até tirar da própria regra
a felicidade
que muitos chamam loucura,
que em verdade é poesia
de magna força
recoberta de farta doçura.

terça-feira, 7 de maio de 2013