Em que pese
O meu farto amor
Pese-me o seu
Chega de dor...
Seja sol
A derreter a neve
Seja jardim
A adornar a estepe!
Omar Ellakkis, Foz, 21-05-22
Em que pese
O meu farto amor
Pese-me o seu
Chega de dor...
Seja sol
A derreter a neve
Seja jardim
A adornar a estepe!
Omar Ellakkis, Foz, 21-05-22
Minhas vestes de humano tornaram-se
Um martírio aos falcões.
Ainda vôo alto e caço a minha presa
Sem pressa , nos altos céus está a minha casa. As tempestades dão-me forças e o sol escaldante, a resiliência da rês, em orações ao Senhor . Oro, fito, mato e como, falcão que sou.
Se a ferida em teus lábios fosse a
Saudade de um beijo não dado,
e se a sede do desejo fosse-lhe a cura
Eu os teria curado.
Que coroa é essa
Que te põem à calva ?
Que licença tens
De seres rei insano
Feito assaltantes de trens
A estragar a festa
Causaste medo, desgraça e morte ?
Tão pequeno no porte
Tão grande na destruição !
Paraste o mundo
Foste lição...
Quem te deu tal permissão?
Saíste de um tubo de ensaio
Ou de um grande dragão?
Que coroa é essa
Que te põem à calva ?
Foste tão rude
E és, ainda que tenhas pseudônimos...
Ínfimo ser, quase belo chegou a ser o teu
retrato, antes das tragédias que causaste.
Quem te deu a coroa, traste?
A ornar tua cabeça de espinhos?
Morre, enfim!
Decreto que sejas de novo um vírus plebeu:
Precisamos de novo respirar.
Omar Ellakkis, Foz do Iguaçu, 01-02-22