Olha no olho do furacão
Pra ver se me encontras lá
Vê minha alma pequena
De tanto me estrepar.
Sê a minha tara
De te ver passar.
Foge do meu grito
Arranca-me do pesadelo
Da mula-com-cabeça
Com cabeça de infinito.
Pára no sinal
Daquela avenida esquisita
Deixa o meu corpo débil entrar.
Acaricia a minha cabeça
E antes que eu adormeça
Me beija a face doída
De tanto me estrepar.
Some no horizonte
Que eu sou um rinoceronte
Que só quer trepar.
Volta e me acolhe
Não me deixes na rua
Pra eu não mendigar
Uma palavra tua.
Vai embora
Volta
Me abraça
Me solta
Entende
A minha hora.
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