Que coroa é essa
Que te põem à calva ?
Que licença tens
De seres rei insano
Feito assaltantes de trens
A estragar a festa
Causaste medo, desgraça e morte ?
Tão pequeno no porte
Tão grande na destruição !
Paraste o mundo
Foste lição...
Quem te deu tal permissão?
Saíste de um tubo de ensaio
Ou de um grande dragão?
Que coroa é essa
Que te põem à calva ?
Foste tão rude
E és, ainda que tenhas pseudônimos...
Ínfimo ser, quase belo chegou a ser o teu
retrato, antes das tragédias que causaste.
Quem te deu a coroa, traste?
A ornar tua cabeça de espinhos?
Morre, enfim!
Decreto que sejas de novo um vírus plebeu:
Precisamos de novo respirar.
Omar Ellakkis, Foz do Iguaçu, 01-02-22